Ilustração: No Pain No Gain! Talento X Prática

A maioria das pessoas acredita que talento é algo que vem de berço, espontâneo, nato, fruto do acaso que simplesmente decidiu que aquele sujeito seria um grande artista ou esportista, alguém  que está acima da média por simples doideira do destino. Estas pessoas geram em nós um recalque eterno, oriundo de um sentimento de EU NUNCA VOU CHEGAR NEM PERTO DISSO.

Desde pequeno desenho e sempre fui elogiado pelo “talento” especial. O que as pessoas não sabem é que geralmente dedicamos boa parte do nosso tempo livre a rabiscos e garranchos para só então produzirmos algo que consideramos agradável.  Como diz o meu professor de desenho Daniel Brandão citando outro artista: ” É necessário se descartar mil desenhos ruins, para então sair um bom”. Se você ainda acha que desenho, ou qualquer outra coisa na vida é uma questão de talento, escolha divina e não de prática, você precisa ver a evolução dos desenhistas e ilustradores abaixo.

Ethan Tennier-Stuart trabalha como designer gráfico e diz que a sua evolução veio graças aos anos de prática e observação. Quando perguntado sobre a melhora do seu trabalho, Ethan Tennier responde que  aprendeu a desassociar as imagens e formas, passando a vê-las como informação visual. Isto aliado a muita paixão pelo que se faz, e muito tempo investindo em prática.

Marc Allante levou quase duas décadas para encontrar o seu “estilo único”. Após encontrar o seu jeito de fazer as coisas, passou a produzir trabalhos únicos e lindos.
Atualmente trabalha como artista. Ao falar do seu trabalho, disse que uma grande parte do seu sucesso tem sido prática constante.  Mesmo vivendo profissionalmente do que ama ele sente que ainda tem muito a aprender, visitar museus e ler guias técnicos para pegar algumas dicas.
“Não é um processo estático“, disse Allante. “Eu diria para quem tem paixão pela arte e criação para não parar … independentemente do que é jogado à sua maneira.“

Ray Sampang atingiu o tão invejado hiper-realismo. Ao falar da sua evolução Sampang diz para evitar comparações. “No princípio, eu mesmo me comparava com outros artistas que estavam anos-luz à frente de mim … e fiquei frustrado e desanimado quando eu não podia igualar-me a eles.” Sampang é totalmente autodidata e atribui aos tutoriais a melhora do seu trabalho.
“Contanto que você continue a desfrutar do que você faz”, disse ele, “você vai chegar onde você quer estar.”

Fã de dinossauros RJ Palmer credita a escola de artes parte de seu progresso. Mas nem tudo veio da escola, apesar de sua experiência na Academy of Art University, em San Francisco ter sido extremamente positiva, só participar das aulas não vai fazer você chegar tão longe. “Você tem que realmente querer isso, e se dedicar muito para de se tornar um sucesso”, disse ele.

O último exemplo é demais, e bem difícil de acreditar também! Segundo Isabella Addison, as duas imagens a seguir foram tiradas com apenas seis meses de distância (WTF!). Vale a pena dar um conferida no Instagram da moça.

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